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Juscelino Kubitschek

Uma promessa na cidade de Jataí, no Estado de Goiás, mudou a história do país. Um cidadão humilde, conhecido como Toniquinho, indagou o então candidato à presidência se, caso eleito, ele iria cumprir todas as determinações da Constituição, inclusive a construção de uma cidade no Planalto Central para ser a nova capital do Brasil. O mesmo respondeu afirmativamente e, quando empossado, não mediu esforços para que suas palavras se tornassem uma verdade.





Mas a vida deste homem que viria a ser presidente começa 53 anos antes, na cidade de Diamantina, no ano de 1902. Lá mesmo em Minas Gerais estudou com os padres vicentinos no seminário diocesano onde concluiu os estudos do curso de humanidades. Em 1927 concluiu o cursou de Medicina na Universidade Federal do Estado, na mesma turma de Pedro Nava (Sua coleção veio para a UnB e vários livros seus estão na Coleção de Obras Raras). Na medicina era cirurgião especialista em urologia e como médico foi também integrante da polícia militar. Em suas atividades na campanha da Serra da Mantiqueira, combatendo as tropas revolucionárias paulistas, conheceu Benedito Valadares que o convidou para ser Chefe da Casa Civil em 1934. O episódio marcou o início da sua carreira política.


Neste mesmo ano elege-se deputado federal exercendo a função até 1937, ano do fechamento do Congresso Nacional pelo golpe do Estado Novo. Benedito ainda o nomeou prefeito de Belo Horizonte, cumprindo mandato de 1940 a 1945, onde receberia a alcunha de “prefeito furacão” por suas obras na lagoa da Pampulha com a parceria de Oscar Niemeyer que viria a continuar em Brasília. O ilustre prefeito criou vários bairros e pavimentou as Avenidas do Contorno e a Amazonas.










Ainda em Minas, Juscelino Kubitschek foi governador do Estado de 1951 a 1955 tendo como principais feitos a criação da CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais), a construção de cinco usinas hidrelétricas e a abertura de mais de três mil quilômetros de rodovias. O cargo de governador não foi levado até o fim, já que deixaria o mesmo para concorrer a presidência, sendo eleito em 3 de outubro de 1955. Foi eleito com 36% dos votos válidos, já que nessa época as eleições eram decididas em primeiro turno. Por não obter maioria absoluta, a UDN tentou impugnar o resultado das urnas, somente sendo possível sua posse através de um levante militar liderado pelo Ministro da Guerra, Henrique Teixeira Lott.

Como presidente, adotou o lema: Cinqüenta anos em cinco, elaborando assim o Plano Nacional de Desenvolvimento ou Plano de Metas, onde havia 31 metas dividas em 5 grupos: energia, transportes, alimentação, indústria de base, Educação e a meta-síntese: Brasília.


Apesar de hoje figurar ao lado de Getulio Vargas como um dos presidentes mais populares do país, há vários críticos à sua política, principalmente sobre os gastos com a construção de Brasília.

Muitas vezes na sua época foi criticado por inviabilizar os governos futuros, além de sofrer acusações de favorecimento de empresas e de enriquecimento ilícito (nunca provados). A inflação posterior ao seu governo chegou a 81%, em 1963, e a sua opção por construir rodovias ao invés de ferrovias foi duramente criticada. 


Após a presidência foi eleito senador pelo Estado de Goiás em 1962, porém em 1964 perdeu o mandato e os direitos políticos devido a acusações de corrupção e de apoio aos comunistas.

Tentou articular em 1967 a frente ampla juntamente com o ex-presidente João Goulart e o ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda (sua biblioteca também foi adquirida pela BCE e seu arquivo pessoal também está no espaço das Obras Raras). Nunca mais voltou ao cenário político, tendo seu nome proibido na televisão até um ano antes de sua morte. Faleceu em 1976 em um acidente automobilístico sob circunstâncias até hoje não muito claras. 







Confira o acervo da nossa Coleção de Obras Raras e leia sobre importantes momentos históricos direto do original.

Coleção de Obras Raras, andar superior, de segunda a sexta, das 8h às 13h.



























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